domingo, 17 de outubro de 2010

Portel - Belém - Fortaleza.

Esses últimos dois meses foram muito intensos, primeiro viajei para Portel-Pa no dia 14 de setembro, pelo IFNOPAP. Voltei dai 18 de setembro e já tinha outra viagem marcada, dessa vez para mais longe, Fortaleza-Ce.
Duas viagens, dois focos.
Em Portel participei da organização do XIV Encontro IFNOPAP, que levou muitas atividade para aquela região. Muito cansativo mas valeu a pena.
Fortaleza foi uma novidade, parti de Belém dia 08 de outubro e voltei dia 15 de outubro. Essa foi a primeira vez que sai do meu Estado, Pará, também foi a primeira vez que viajei com meu namorado.
Foi uma aventura, pois fomos de ônibus, o que leva em tese 24 horas entre Belém e Fortaleza. mas a viagem durou mais que isso, claro.
Saimos de Belém às véspera da maior festa da cidade, o Círio de N. Sª. de Nazaré, a Nazinha para os íntimos.
Era sexta-feira, havia uma romaria na cidade para levar a Santa para o Distrito de Icoaraci, de onde ela sairia na manhã seguinte em um círio fluvial, logo a cidade estava um caos. Nosso ônibus levou em torno de 1:30h para sair da cidade. O transito estava parado e a cidade agitada. Mas finalmente ganhamos a estrada.
O trajeto da viagem foi cheio de paisagens lindas grandes contrastes, num momento víamos lindas árvores frondosas, no momento seguinte apenas arbusto secos ou queimados e árvores acanhadas.
A chegada em Fortaleza foi outra aventura, pois fomos para lá sem fazer reservas e tivemos que encontrar um pousada em plena época de feriado. Tivemos de descobrir que ônibus pegar como chegar e rezar para ter vaga na pousada que nos foi recomendada, felizmente havia.
Mas esse assunto merece um post só para ele, então até a próxima.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Terminou o Argila Digital

Ufa,
Olá amigos.

Depois de longos 5 meses, chega ao fim o projeto Argila Digital. Agora é montar do filme que os participantes fizeram e apresentar para a comunidade. Se quizerem, estão convidados para assistir. Depois digo quando vai ser.
Tive vários resultados positivos desse projeto: trabalhei com o que mais gosto (ensinar e cimena :]), aprendi a modelar e a animar no Blender 3D, enriqueci meu curriculo, e agora vou participar junto com meu namorado de um encontro em Fortaleza, chamado Blender Pro. É gente , parece que estou entrando com tudo no universo 3D.
O proximo passo é tentar reeditar o projeto com algumas mudanças, afinal nem tudo foram flores.

Até a proxima.

sábado, 24 de julho de 2010

Olá amigos.
Já faz tempo que não posto aqui, mas tem uma boa razão: o Argila Digital está a todo vapor e me tem tomado tempo, mesmo nesses tempos de férias.
Pra falar a verdade, estou trabalhando mais nesse mês que em qualquer outro, graças a Deus!
Mas como dizia, o projeto Argila Digital está a todo vapor. Agora começamos a produção do nosso curta 9que deve ser o resultado de todas as oficinas do projeto). É certo que tive alguns problemas ao longo do caminha, mas nem tudo são flores, né?
Como falei outro dia, participar da produção do desenho O viajante das Lendas Amanônicas me mostrou novas formas de contar história. Descobrir que Amo fazer desenho animado, então decidi juntar o agradável ao útil.
Em 2008 fiz um curso de especialização escrevi uma proposta de ensino como trabalho final. Essa proposta era produzir desenho animado de recorte na escola pública, igual ao da Ópera. Essa proposta tomou outro caminho, e em 2009 escrevi um projeto aproveitando a proposta de ensino, só que agora em 3D. Eis que surge o Argila Digital: arte, cultura e tecnologia que está em andamento. Eu até tô aprendendo a mexer no programa Blender 3D (o instrutor da oficina é o meu parceiro Alexsandro, claro! Eu sou a cabeça pensante e ele executa).
A previsão é ter o curta pronto até setembro. Até lá, postando algumas fotos das oficinas.
Ah, outra hora conto uma história pra vocês.






segunda-feira, 5 de julho de 2010

O VIAJANTE DAS LENDAS AMAZÔNICAS

Este é o desenho produzido para a ópera O Viajante das Lendas Amazônicas.

Esse trabalho me abriu a mente para um monte de coisas.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O VIAJANTE DAS LENDAS AMAZÔNICAS, O RETORNO




Caros amigos,

Depois de Belém, Minas Gerais e Marabá-Pa, a Ópera "O Viajante das Lendas Amazônicas" chega em Brasília e Rio de Janeiro. Nesse exato momente em que redijo essas linhas, as cortinas de teatro de Brasília se abrem para encantar os brasilense.
No Rio, a apresentação vai ser no Teatro Municipal (muito chique!!!!!!!).
Infelizmente não pude ir, mas meu parceiro Alexsandro foi fazer as honras por nós dois.
Já falei de como gosto dessa ópera, e não por ter participado dela, é que ela é realmente linda. Um espetáculo muito bem pensado, sensível e bonito visualmente e sonoramente.
Quando tiverem a oportunidade, não deixem de assistir porque aí vocês saberam do que estou falando.

sábado, 10 de abril de 2010

ARGILA DIGITAL

No dia 27 de março teve início o projeto ARGILA DIGITAL: arte, cultura e tecnologia, que estou coordenando.
Esse projeto tem a ambição de produzir um curta de animação 3D como resultado de uma sequencia de oficinas de contação de história, produção de texto, musicalização e modelagem e animação em Blender 3D.
Os participantes são moradores do bairro da Condor, Belém - Pa. Inicialmente, esperávamos que jovens entre 15 e 20 anos procurassem os cursos, mas tivemos uma grata surpresa quando percebemos que pessoas com mais de 30 também se escreveram. Isso mostra que muita gente tem fome de conhecimento. Isso é bom.
27 de março foi a aula inaugural, as ofinas mesmo começaram dia 08 e 09 de abril com a oficina de contação de história, no dia 10, sábado, os participantes fizeram a farra na oficina de musicalização.
A partir de hoje irei contar aqui no blog os passos da oficina. Então até mais.

segunda-feira, 15 de março de 2010

SOPA DE PEDRAS

A história que vou contar é mais uma das muitas de Pedro Malasarte. Minha mãe, Dona Bena, sempre nós contou história dessa figura esperta, que por sua vez ouviu da boca de sua mãe, minha vó Teresa. Ela jura que ele morou em Portel-Pa. Mas qual não foi minha supresa ao encontrar uma de suas aventuras publicada no livro "Contos Populares Para Crianças da América Latina"!!????!!!. Ahhh, as vozes da verdade dos contadores de uma boa história!!!!!!!!!!

Vamos a ela:


Pedro Malasarte era um cara danado de esperto. Um dia ele estava ouvindo a conversa do pessoal na porta da venda. Os matutos falavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros lados do rio. Cada um contava uma caso pior que o outro:

- A velha é unha-se-fome. Não dá comida nem pros cachorros que guardam a casa dela - dizia um.

- Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato. verdade! Quem me contou foi o Chico Charreteiro, que não mente - afirmava outro.

- Eta velha pão-dura! - comentava um terceiro. - Dali não sai nada. Ela não dá nem bom-dia.

O Pedro Malasarte ouvindo. Ouvindo e matyutando.

Daí a pouco entrou na conversa:

- Querem apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade?

- Tu tá é doido! - disseram todos. - Aquela velha avrenta não dá nem risada!

- Pois aposto que pra mim ela vai dar - insistiu o Pedro. - Quanto vocês apostam?

A turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas o Pedro Malasarte, muito matreiro, já tinha um plano na cabeça. Juntou umaas roupas, umas panelas, um fogãozinho, amarrou a trouxa e se mandou pra casa da velha. era meio longe, mas pra ganhar aposta o Malasarte não tinha preguiça.

O Pedro foi chegando, foi arranchando, ali bem perto da porteira do sítio da velha. Esperou um tempo pra ser notado. Quando viu qua a velha já tinha reparado nele, armou o fogãozinho, botou a panela em cima, cheia de água, e acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água.

a Velha, lá de casa, só espiando. E a panela fumegando.

E o Pedro atiçando o fogo.

Não demorou muito, a velha não aguentou a curiosiade e veio dar uma espiada. O Pedro firme, atiçando o fogo.

no dia seguinte, panela no fogo, fervendo água, soltando fumaça. Pedro atiçando o fogo. A velha olhando de longe, lá de dentro da casa.

Até que ela não conseguiu mais se segurar de curiosidade. Saiu e veio negaceando, alhar de perto. O Pedro pensou: "É hoje!"

Catou umas pedras no chão. lavou bem e jogou dentro da panela. E ficou atiçando o fogo pra ferver mais depressa.

A velha não se conteve:

- Oi, moço, tá cozinhando pedra?

- Ora, pois sim senhora, dona - respondeu o Pedro. - Vou fazer uma sopa.

- Sopa de pedra? - perguntou a velha com uma careta. - Essa não, moço! Onde já se viu isso?

- Pois garanto que dá uma sopa pra lá de boa.

- Demora muito pra cozinhar? - perguntou a velha ainda duvidando.

- demora um bocado.

- E dá pra comer?

- Claro, dona! Então eu ia perder tempo à toa?

A velha olhava as pedras, olhava pro Pedro. E ele atiçando o fogo, e a panela fervendo. A velha meioincrédula, meio acreditando.

- É gostosa, essa sopa? - perguntou ela depois de um tempo.

- É - respondeu o Malasarte. - Mas fica mais gostosa se a gente puser um temperinho.

- Por isso não - disse a velha. - Eu vou buscar.

Foi e trouxe cebola, cheiro-verde, sal com alho.

- Tomate a senhora não tem? - perguntou o Pedro.

A velha foi buscar e voltou com três, bem maduros.

Pedro botou tudo dentro da panela, junto com as pedras. e atiçou o fogo.

- Vai ficar bem gostosa - desse ele. - Mas se a gente tivesse um courinho de porco...

- Pois eu tenho lá em casa - disse a velha. E foi buscar.

Couro na panela, lenha no fogo, a velha sentada espiando. Daí a pouco ela perguntou:

- Não precisa pôr mais nada?

Até que ficava mais suculenta se a gente pusesse umas batatas, um pouco de macarrão...

A velha já estav com vontade de tomar a sopa, e perguntou:

- Quando ficar pronta, posso tomar um pouco?

- Claro, dona!

Aí ela foi e trouxe o macarrão e as batatas.

O malasarte atiçou o fogo, pro macarrão cozinhar depressa.

Daí a pouco a velha já estava com água na boca!

- Hum, a sopa tá cheirando gostosa! Será que as pedras já amolecesam?

Em vez de responder, o Pedro perguntou:

- A senhora não tem uma linguiçinha no fumeiro? Ia ficar tão bom...

Lá foi a velha de novo buscar a llinguiça.

Cozinha que cozinha, a sopa ficou pronta. Malasarte então pediu dois pratos e talheres, a velha truxe.

O Pedro encheu os pratos, deu um pra ela. Separou as pedras e jogou no mato.

- Ué, moço, não vai comer as pedras?

- Tá doida! - respondeu o Malasarte. - Eu lá tenho dente de ferro pra comer pedra?

E tratou de se mandar o mais depressa que pôde. Foi correndo pra venda, cobrar o dinheiro da aposta.


terça-feira, 2 de março de 2010

A MULHER DOS PÁSSAROS

... e mais uma enviada pelo Luiz.
Dona Genu ficara viúva cedo, com três filhas para criar, o que fez sozinha, pois não quisera casar. Sua maior alegria era receber em sua casa centenas de passarinhos, que logo chegaram para comer, cantar e, como ela dizia, conversar, até as últimas horas do dia. As filhas, quando crianças, gostavam daquele alvoroço. Já adolescentes, achavam meio estranho, tantos pássaros. Agora adultas, passam o dia fora no trabalho e nem ligam mais...
Todos a chamam de " A Mulher dos Pássaros"; ela nem liga, até gosta. É deles mesmo, é para eles que agora dedica a sua vida. Alimentar, dar água e... conversar com eles. Diz que sabe de tudo, pois os passarinhos trazem sempre notícias. Contam-lhe dos rigores do inverno, da extinção de algumas espécies de animais. Das chuvas extensas e da falta dela... Dona Genu sabe de tudo e todos através dos pássaros.

MARTON MAUÉS

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O PAPEL E A TINTA

Outra que me foi contada pelo Luiz:


Certo dia, uma folha de papel que estava em cima de uma mesa, junto com outras folhas exatamente iguais a ela, viu-se coberta de sinais. Uma pena, molhada de tinta preta, havia escrito uma porção de palavras por toda a folha.

"Será que você não podia te-me poupado desta humilhação?" disse, juriosa, a folha de papel à tinta.

"Espera!" respondeu a tinta. "Eu não estraguei você. Eu a cobri de palavras. Agora você não é apenas uma folha de papel, mas também uma mensagem. Você é a guardiã do pensamento humano; transformou-se num documento preciosa".

E, realmente, pouco depois alguém foi arrumar as folhas de papel para jogá-las na lareira e, de súbito, reparou na folha escrita com tinta; então jogou todas as outras, guardando apenas a que continha uma mensagem escrita.

Leonardo Da Vinci

Uma informação importante

A história "A Manina e o Sapo" foi enviador pelo meu amigo e contador de histórias Luiz Guilherme.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A MENINA E O SAPO

Nina, menina airosa,
formosa como ela só.
bonito era ver Nina correr.
Ora corri rápido, feito tufão,
ora devagar, parecendo brisa.
Nina corria pelo jardim.
Nina caia no gramado.
Nina fazia folia. E ria.
À noite, cansada das travessuras do dia,
a menina dormia.
Certa vez, enquanto passeava
pelo jardim, Nina viu um sapo.
Sapo também viu Nina.
"Será que, se Nina beijar o sapo,
sapo vira príncipe?"
Nina não sabia, mas ficava
imaginando como isso seria.
Nina beijou o sapo.
Sapo continuou sapo.
Não viroou príncipe.
Mas se apaixonou por Nina.
Agora, onde Nina está,
Lá se vê o sapo apaixonado
suspirando pela menina.
Na cabeça do sapo,
Nina é uma princesa-sapa,
transformada em menina
por uma terrível feiticeira.

MÁRCIA PAGANINI CAVÉQUIA